Após chegar a acordo sobre dívida dos EUA, Biden diz que 'isso tira a ameaça de calote catastrófico da mesa'
Após semanas de impasses, republicanos e democratas concordaram em suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões até 1º de janeiro de 2025. Joe Biden em 21 de abril de 2023 Kevin Lamarque/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (democrata), finalizou neste domingo (28) um acordo orçamentário com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy (republicano), para suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões até 1º de janeiro de 2025, e disse que o acordo está pronto para ser levado ao Congresso para votação. "Este é um acordo que é uma boa notícia para... o povo norte-americano", disse Biden a repórteres na Casa Branca após uma ligação com McCarthy para dar os retoques finais a um acordo provisório que eles fecharam na noite de sábado. "Isso tira a ameaça de calote catastrófico da mesa, protege nossa recuperação econômica histórica e suada", disse Biden. LEIA MAIS ENTENDA: O que pode acontecer no Brasil se os EUA derem calote pela primeira vez na história? DETALHES: O caos na economia mundial que viria com possível calote da dívida dos EUA Quais são os próximos passos? O acordo, se aprovado, impedirá o governo dos EUA de dar calote em sua dívida e foi elaborado após semanas de negociações acaloradas entre Biden e os republicanos da Câmara. Ele ainda precisa passar por um Congresso estreitamente dividido antes de 5 de junho, quando o Tesouro dos EUA diz que ficará sem dinheiro para cobrir todas as suas obrigações. "Peço veementemente que ambas as Casas aprovem esse acordo", disse Biden, acrescentando que espera que McCarthy tenha os votos necessários para que o acordo seja aprovado. O acordo atraiu críticas de republicanos radicais e democratas progressistas, mas Biden e McCarthy estão apostando que terão votos suficientes de ambos os lados. McCarthy previu no domingo que teria o apoio da maioria de seus pares republicanos, e o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, disse que esperava apoio democrata. O que prevê o acordo O acordo suspenderá o limite da dívida até 1º de janeiro de 2025, limitará os gastos nos orçamentos de 2024 e 2025, recuperará fundos não utilizados da Covid, acelerará o processo de licenciamento de alguns projetos de energia e incluirá requisitos de trabalho extra para programas de ajuda alimentar para norte-americanos pobres. O projeto de lei de 99 páginas vai autorizar mais de US$ 886 bilhões para gastos com segurança no ano fiscal de 2024 e mais de US$ 703 bilhões em gastos não relacionados à segurança no mesmo ano, sem incluir alguns ajustes. Também autorizará um aumento de 1% nos gastos com segurança no ano fiscal de 2025. O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, aplaudiu o acordo e pediu ao Senado que aja rapidamente para aprová-lo sem atrasos desnecessários, uma vez que tenha passado pela Câmara. "O acordo de hoje representa um progresso urgente para preservar a plena fé e crédito de nossa nação e um passo muito necessário para colocar a área financeira em ordem", disse McConnell. Impasses Membros da linha dura republicana Freedom Caucus disseram que tentarão impedir que o acordo seja aprovado em uma votação na Câmara prevista para esta quarta-feira (31). McCarthy rejeitou as ameaças de oposição dentro de seu próprio partido, dizendo que "mais de 95%" dos republicanos da Câmara estavam "extremamente entusiasmados" com o acordo. "Este é um projeto de lei bom e forte que a maioria dos republicanos votará a favor", disse o republicano da Califórnia a repórteres no Capitólio dos Estados Unidos. "Teremos republicanos e democratas capazes de levar isso ao presidente."
Após semanas de impasses, republicanos e democratas concordaram em suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões até 1º de janeiro de 2025. Joe Biden em 21 de abril de 2023 Kevin Lamarque/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (democrata), finalizou neste domingo (28) um acordo orçamentário com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy (republicano), para suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões até 1º de janeiro de 2025, e disse que o acordo está pronto para ser levado ao Congresso para votação. "Este é um acordo que é uma boa notícia para... o povo norte-americano", disse Biden a repórteres na Casa Branca após uma ligação com McCarthy para dar os retoques finais a um acordo provisório que eles fecharam na noite de sábado. "Isso tira a ameaça de calote catastrófico da mesa, protege nossa recuperação econômica histórica e suada", disse Biden. LEIA MAIS ENTENDA: O que pode acontecer no Brasil se os EUA derem calote pela primeira vez na história? DETALHES: O caos na economia mundial que viria com possível calote da dívida dos EUA Quais são os próximos passos? O acordo, se aprovado, impedirá o governo dos EUA de dar calote em sua dívida e foi elaborado após semanas de negociações acaloradas entre Biden e os republicanos da Câmara. Ele ainda precisa passar por um Congresso estreitamente dividido antes de 5 de junho, quando o Tesouro dos EUA diz que ficará sem dinheiro para cobrir todas as suas obrigações. "Peço veementemente que ambas as Casas aprovem esse acordo", disse Biden, acrescentando que espera que McCarthy tenha os votos necessários para que o acordo seja aprovado. O acordo atraiu críticas de republicanos radicais e democratas progressistas, mas Biden e McCarthy estão apostando que terão votos suficientes de ambos os lados. McCarthy previu no domingo que teria o apoio da maioria de seus pares republicanos, e o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, disse que esperava apoio democrata. O que prevê o acordo O acordo suspenderá o limite da dívida até 1º de janeiro de 2025, limitará os gastos nos orçamentos de 2024 e 2025, recuperará fundos não utilizados da Covid, acelerará o processo de licenciamento de alguns projetos de energia e incluirá requisitos de trabalho extra para programas de ajuda alimentar para norte-americanos pobres. O projeto de lei de 99 páginas vai autorizar mais de US$ 886 bilhões para gastos com segurança no ano fiscal de 2024 e mais de US$ 703 bilhões em gastos não relacionados à segurança no mesmo ano, sem incluir alguns ajustes. Também autorizará um aumento de 1% nos gastos com segurança no ano fiscal de 2025. O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, aplaudiu o acordo e pediu ao Senado que aja rapidamente para aprová-lo sem atrasos desnecessários, uma vez que tenha passado pela Câmara. "O acordo de hoje representa um progresso urgente para preservar a plena fé e crédito de nossa nação e um passo muito necessário para colocar a área financeira em ordem", disse McConnell. Impasses Membros da linha dura republicana Freedom Caucus disseram que tentarão impedir que o acordo seja aprovado em uma votação na Câmara prevista para esta quarta-feira (31). McCarthy rejeitou as ameaças de oposição dentro de seu próprio partido, dizendo que "mais de 95%" dos republicanos da Câmara estavam "extremamente entusiasmados" com o acordo. "Este é um projeto de lei bom e forte que a maioria dos republicanos votará a favor", disse o republicano da Califórnia a repórteres no Capitólio dos Estados Unidos. "Teremos republicanos e democratas capazes de levar isso ao presidente."